quarta-feira, 13 de maio de 2009

À Virgem Maria










Neste presente que ainda seguro,
Eu vejo fugir o fio condutor,
Que com Maria fiz o meu futuro,
Do qual nasceu um santuário d' amor.

Agora que sou a flor do Jardim,
De caule frágil resistindo ao vento,
Quero nunca sentir perto o meu fim,
Mesmo no limiar desse momento.

Tu que guiaste meus passos na vida,
Não me tornes flor estiolada ao sol!
Que nunca eu faça parte desse rol!

A Ti, hoje e sempre a minha guarida,
Só peço agora, Teus braços p'ra berço.
Teu amor de Mãe, jamais eu esqueço!

Maria Clóvis
in Amores Perfeitos (2006)

Ainda existem online alguns vestígios do lançamento do livro Amores Perfeitos, de Maria Clóvis, poetisa que está agora na paz daquela a quem dedicou este soneto.
Diz a autora, "Também já fui flor, hoje sou raiz". Estou certo que na eternidade é de novo flor. Flores também o são as sementes que deixou neste mundo.

1 comentário:

  1. Nunca tive conhecimento desta Autora.
    Talvez, quem sabe por distracção minha...no entanto, achei muito interessante o Soneto.
    Que essa Mãe lhe tenha aberto os braços e os Amores Perfeitos a rodeiem, para sempre!


    Bjs.

    Maria Mamede

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